Aí a temporada de propaganda eleitoral foi aberta bem antes do tempo, escancarada, tipo grade de cela. Enquanto Arruda entra, vão saindo da prisão, que só existe na minha imaginação, um ou outro personagem lombrosiano [pode clicar sem medo, Mike também é cultura] da cena política deste país. Sabe como é, né? Todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que os outros, como já diziam os porcos daquela fazenda de Orwell. Todos visionários. Orwell e os porcos. E então podem fazer campanha antes da hora, porque agente é legal, agente falamos palavrão no palanque que é pro povo saber que ele é nóis, conosco ninguém podemos, é ilegal sim, e daí?
Não é que em pleno sábado de Carnaval, sou obrigado a saber que num filmete, tipo assim de propaganda eleitoral (não pode, mas pode, lembra?), aquela ex-vice-doutora da Unicamp fala mais ou menos assim: Venha com a gente. Vamos continuar mudando o Brasil. Ela e Lula, que casal bonito. Sobe a cortina, Lombroso sai da cova e aplaude de pé. Vê possibilidade de ressuscitar sua teoria. Mas deixa pra lá que isso é coisa feia, onde já se viu... Outra plastificada, D(!). Marisa Primeira e Única Dama, assiste com ciúmes, mas... fazer o quê? O negócio é ela ir para o país dela e dos filhos, a Itália - que só por um acaso do destino, esse travesso menino, é a terra de Lombroso (não consigo deixar de pensar nele, que coisa...) - quando essa porca miséria desse horroroso teatro se acabar.
Mas sabe que estou começando a gostar da Dilma? Vem com a gente agente!, é disso que este país o Brasil precisa. Tipo com agente do Ministério Público, da Receita e da Polícia Federal, com mandado de prisão, espada na cinta e algema na mão, bão-ba-la-lão. Agente financeiro não; isso já tem muito em Brasília, que o diga aquela assentada do Incra em cuja conta bancária a Caixa depositou meio que 800 mil unidades da Moeda do Soberano Tesouro, tipo assim destinados ao M$T.
Que venham com a gente agente todos os agentes. Se eles não vierem estamos fodidos, chaveados, bolivarizados, a cidadania encampada e mal paga, passando de mal para muito mal, uma alegoria horrenda do país do Carnaval.
Vamos mudar o Brasil, sim. Vamos colocar ele num avião e levar pra Itália, que lá juíz morre mas não abaixa as calças pra mafioso.
Vamos mudar o Brasil, sim. Vamos colocar ele num avião e levar pra Itália, que lá juíz morre mas não abaixa as calças pra mafioso.
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Da editoria L'etat, c'est moi: por falar em sucessão monárquica, segundo a ABC News, Omar Bin Laden, um dos filhos de Osama Bin Laden, declarou que, se o seu pai for morto, os membros de alto escalão da rede terrorista al-Qaeda que o sucederão provavelmente serão muito piores: their mentality wants to make more violence, to create more problems. Caramba, já pensou?