terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mike é cultura. Cultura de cana de açúcar, de uva, de seja lá o que em se plantando der. Só que Mike vai estar desisitindo desistir daquela outra, aquela com cê maiúsculo, tipo assim "Cultura". Hoje quem escreve sou eu, Joe, porque Mike está naquela fila, diante da Embaixada do Paraguai, país aonde onde pretende conseguir asilo cultural. 

Mike sempre falou sobre aquelas coisas antigas, tipo a leitura, ela ajuda o cerumano ser humano a ampliar seus horizontes, que é a partir da leitura que agente a gente aprende a pensar, escrever, contar para os outros o que vai pela nossa cabeça, falando ou escrevendo, enfim, que aprendemos a ligar os pontos, juntando a ideia A com a ideia B para chegar na ideia C e por aí vai, tipo musculação mental. (Peraí!, juntar A com B tem limites - neste exato momento, lá na telementirão, a âncora Beltrão consegue juntar na mesma frase Lady Gaga, Darwin e Tchisunami... sei não, acho que Mike está no caminho certo.)

O fato é que houve um fato, um assalto lá no Ceará. E vai que um jornaleiro cobriu, informou para todo o Brasil e a coisa saiu na edição LCD de O Globo, exatamente assim:

FORTALEZA - Uma mulher foi assaltada dentro do cartório em Pindoretama, na Região Metropolitana de Fortaleza, e os ladrões levaram o dinheiro que ela ia usar para pagar a compra de uma casa. Ela contou que ela e o filho foram ao banco, sacaram R$ 37 mil para a compra de uma casa e, quando estavam no cartório, prestes a assinar o contrato, um homem armado entrou e anunciou o assalto.
De o filho da vítima, o assaltante colocou a arma próximo a cabeça dele e pediu que entregasse o dinheiro.
Os R$ 37 mil roubados foi recebido pela mulher de uma indenização do Governo do Estado. Ela mora à margem da CE-040 e esse trecho vai ser duplicado. Agora, a dona de casa ficou sem o dinheiro e vai ter que sair daqui em 30 dias.
A delegada de Pindoretama, responsável pelo caso, disse que a polícia tem pistas do assaltante.

Como assim, pagar a compra de uma casa? Como assim, os R$ 37 mil roubados foi recebido? Como assim, de o filho da vítima, o que é isso? O dinheiro foi recebido de uma indenização do Governo do Estado, a indenização foi lá e pagou, é? Agora, a dona da casa ficou sem o dinheiro - que estilo, fala sério... Mas o mais importante ficou em aberto: a vítima perdeu o dinheiro que "usaria para pagar a casa própria no Ceará". Espero que a compra da casa própria em Pernambuco ou Alagoas não sofra o mesmo contratempo.

Não dá para acreditar no primatismo primarismo do texto, não é? Joe teve a pachorra de capturar a tela para trazer para vocês dois. Vai que Mike mente...

Um, dois, sete, onze, chega...  chega de contar os erros desse baile funk gramático-sintático-semântico. Que estaria menos mal se não escrito por profissional. Afinal, se fosse texto de leitor, tudo bem - não existe diploma de eu-leitor, aquele cara que hoje substitui repórter e redator.

Como é que a leitura, única porta de entrada para a Cultura, pode se criar com exemplos assim? Nestes tempos de inclusão digital, quando milhões de recém-chegados ao mercado dos computadores baratos são expostos à informação, é esse o tipo de coisa que temos que ler no monitor, o substituto do obsoleto livro?

Fico por aqui. Vou ver se alcanço o Mike e pego uma aba na fila. Fui.

Em tempo: Mike pediu para avisar a vocês dois que, caso ele venha a escrever lá do Paraguai, é para verificar se existe um selo holográfico no canto superior direito da página inicial do blog. Se não existir, é porque o texto não é dele.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

As bancadas, essas fábricas de mancadas

Voltei. Fui ali, mas voltei. No caminho, parei por alguns instantes na frente do meu YouTube de vidro. É, ele ainda é vidro - imagens alargadas e pastosas não abrem meu apetite, deixo para vê-las nos restaurantes que vendem comidas e imagens a quilo.

Falar nisso, o que é aquilo? O que são aquelas pessoas atrás da bancada dos telejornais, que raio de idioma elas falam? Não bastasse o tísunami de písicologias e písiquiatrias (tudo a ver com quem cresceu ouvindo ô pissit, você aí da poltrona), temos agora a superbactéria KPC. Sabe aquela bactéria que não é bactéria e está pegando geral? Pois é, ela mesma. Muito bom, qualquer coisa "super" é superlegal para chamar a atenção. Mas alguém devia é chamar a atenção daqueles telejornaleiros. Como assim, bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (ou KPC)? Duvidei, parece coisa de quem lê sem pensar, que acha que sujeitos e predicados ficam nas mesmas posições no mundo todo. E, como diz o outro, não custa pensar. Desconfiei. Procurei uma fonte séria de informação e achei um trabalho científico, coisa com o pomposo título de "Avaliação fenotípica da enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar"*. Viu só? Caraca, maluco, eu não estava desconfiado à toa - KPC é a enzima C (carbapenemase), produzida pela bactéria KP, e estamos combinados.

Mas como televisão é desinformação e deformação, vamos engolindo sapos e bactérias. E vai que agora alguém é entrevistado e fala assim, desse jeito mesmo: "a superbactéria KPC, ela está se disseminando...". Ei, por que não é "a superbactéria está se disseminando..."? Que raios de ela é esse, de onde veio esse pronomismo, agora que agente a gente já tínhamos tinha conseguido mandar o gerundismo embora? Peraí, vou buscar meu nariz de palhaço para ouvir o resto.

Não deu tempo. Voltei de novo, ou revoltei, e a matéria já tinha terminado. Agora era o ministro Guido Mantega quem falava: "a inflação, ela está sob controle".  Ei, até o ministro? Caraca... Ou o ministro, ele não sabe falar o idioma português ou então desaprendeu, de tanto ouvir telejornaleiros, nesses tempos em que o ensino, ele vive de esperança.

Esperança. Logo depois, veio uma matéria sobre esperança de vida. Legal, é bom ter esperança nessa vida, vou prestar atenção... êpa, obraram de novo, não era nada disso. Era sobre a divulgação do IDH, da Onu. Sabe o IDH, aquele conjunto de algarismos e gráficos que dizem que está tudo mais legal no país do Carnaval? Pois é, aquele IDH. Mas foi só a Onu divulgar o numerológio para vir mais um golpe na última flor do Lacio, etc e tal. Então é isso, acabaram com a expectativa de vida - agora é esperança de vida. E de onde diabos isso pode ter vindo? Só pode ser coisa do espanhol, aquilo que nossos hermanos falam. Só pode ser. Google jacta est... bingo, esperanza de vida! Catzo, essa tal de Ley de Medios... olha o poder que ela tem, ela até faz o idioma de Castella tomar o lugar do meu prezado português. Agora resta aguardar a consolidação do Censo 2010, que vai dizer se o Brasil tem hoje mais campesinos do que camponeses; se tiver mais campesinos, é porque a Ley passou, ninguém soube, ninguém viu, como sói acontecer no Brasil.


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* Da introdução daquele estudo, de autoria de Rosabel Dienstmann, Simone Ulrich Picoli, Gabriela Meyer, Tiago Schenkel e Juçara Steyer: Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima produzida por bactérias Gram-negativas (enterobactérias), e sua detecção em isolado bacteriano confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos(14,15). É importante salientar que os carbapenens compreendem uma classe amplamente utilizada no tratamento de infecções envolvendo Enterobacteriaceaemultirresistente(3).

domingo, 28 de março de 2010

Menos, publiciteiros, menos...

Aí ela aparece. A baiana que quer ser Ivete quando crescer. Com a fala aspirada de adolescente barrão e sem noção, LPP oxigenada e enxaguada com água mineral, que é pra você ficar legal neste carnaval.

Mas aparece como? Como o equivalente louro da Sangalo ou alguma outra ídala badalada-la? Não, ela aparece na telementirão sendo comparada à Net, aquela gente que esburacou o Rio de Janeiro inteiro, na gestão do prefeito nem-quero-lembrar-que-ele-existe, para semear fibras ópticas no nosso subsolo. Lembra disso? Caramba, aquela operação foi mesmo coisa de gente de fibra. Gente de fibra, visão e talão, sorrindo e apertando a mão. Tipo quando deram a praia de Copacabana de presente para o lançamento de um disco da loura(?). Presente de irmão. Em troca, Copacabana ganhou tumulto, quebra-quebra e xixizão.

E por que Leite aparece? Porque o povo impubere da publicidade anda exagerando quando aspira o crescimento de suas carreiras. Menos, gente... assim a coisa já não cheira bem. Tá certo que vocês têm que pegar uma saradona qualquer e convencer a Lady Simpson da poltrona de que aquele abdomen de tanquinho foi obtido em duas semanas, com um Mega Platinum Abdominator Tabajara feito na China. Mas, por exemplo, o que são aqueles dentes que quase quebram o espelho com tanta explosão tipo White, quando todos sabemos que gente bonita assim só usa(va) Crest? Parece coerente a segunda profissão mais antiga do mundo, surgida tipo certamente da necessidade marqueteira da primeira.

E vai que parei para pensar na leitosa baiana, depois de ver um comercial em que uma criança pequena diz quando crescer quero ser igual a ele, olhando para um SUV japonês ao invés de mirar o pai. Paro para pensar nos cafetões da tela gratuita ou paga que estão borrando e andando para o bom senso e para a palavra, já destituída de sentido e estuprada. Parei para pensar naqueles que ficam rodando bolsinha, na esquina de Canal Aberto com TV Por Assinatura (procure em orwell.maps.com), que mostram uma criança bonitinha arrancando flores e plantas do chão, enquanto a voz melosa diz em off: meu galã não poupa esforços para demonstrar seu amor pela Natureza. Não olha agora não, Goebbels, mas acho que você acaba de engolir um frango.

Mas vai que num primor de delírio doublespeak, sou também tipo informado de que a Net e a Clllaudia Leittte - vamos todos triplicar as letras, dizem que a conta bancária acompanha - têm em comum o fato de saberem, como ninguém, trazer para meu lar o melhor da informação, diversão e do lazer.

Então Leittte é conhecida por trazer o melhor disso aí para alguém? Só mesmo denunciando no Juizado das Causas Inacreditáveis. Propaganda enganosa, agravada por "motivo torpe", "fraude intelectual" e "obstrução de inteligência". Isso dá aumento de pena em 2/3 e apreensão dos troféus conquistados nos Festivais de Publicidade Que Assolam o Mundo. Já imaginaram, publiciteiros? Vocês na cadeia, sem aqueles bonequinhos de resina e metal para enfeitar o lar quadrado e gradeado?

Mas espere, ainda tem mais: posso falar à vontade, sem me preocupar com a conta ou a assinatura? Catzo, então aí tem mais... aí tem outro puta agravante ao crime, tipificado como "indução à burrice". Babaquice pura, os lesos cheiraram a carreira e a mesa inteira, junto com a lisura.

Ô da publicidade, está certo que o mundo é dos AlieNets, mas você sabe o que eu quero mais? Quero mais é que você vá se foder. Melhor ainda, que cafungue até morrer, pra me fazer feliz... completamente.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Vamos lá minha gente, que a porteira se abriu!

Aí a temporada de propaganda eleitoral foi aberta bem antes do tempo, escancarada, tipo grade de cela. Enquanto Arruda entra, vão saindo da prisão, que só existe na minha imaginação, um ou outro personagem lombrosiano [pode clicar sem medo, Mike também é cultura] da cena política deste país. Sabe como é, né? Todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que os outros, como já diziam os porcos daquela fazenda de Orwell. Todos visionários. Orwell e os porcos. E então podem fazer campanha antes da hora, porque agente é legal, agente falamos palavrão no palanque que é pro povo saber que ele é nóis, conosco ninguém podemos, é ilegal sim, e daí?

Não é que em pleno sábado de Carnaval, sou obrigado a saber que num filmete, tipo assim de propaganda eleitoral (não pode, mas pode, lembra?), aquela ex-vice-doutora da Unicamp fala mais ou menos assim: Venha com a gente. Vamos continuar mudando o Brasil. Ela e Lula, que casal bonito. Sobe a cortina, Lombroso sai da cova e aplaude de pé. Vê possibilidade de ressuscitar sua teoria. Mas deixa pra lá que isso é coisa feia, onde já se viu... Outra plastificada, D(!). Marisa Primeira e Única Dama, assiste com ciúmes, mas... fazer o quê? O negócio é ela ir para o país dela e dos filhos, a Itália - que só por um acaso do destino, esse travesso menino, é a terra de Lombroso (não consigo deixar de pensar nele, que coisa...) - quando essa porca miséria desse horroroso teatro se acabar.

Mas sabe que estou começando a gostar da Dilma? Vem com a gente agente!, é disso que este país o Brasil precisa. Tipo com agente do Ministério Público, da Receita e da Polícia Federal, com mandado de prisão, espada na cinta e algema na mão, bão-ba-la-lão. Agente financeiro não; isso já tem muito em Brasília, que o diga aquela assentada do Incra em cuja conta bancária  a Caixa depositou meio que 800 mil unidades da Moeda do Soberano Tesouro, tipo assim destinados ao M$T.

Que venham com a gente agente todos os agentes. Se eles não vierem estamos fodidos, chaveados, bolivarizados, a cidadania encampada e mal paga, passando de mal para muito mal, uma alegoria horrenda do país do Carnaval.

Vamos mudar o Brasil, sim. Vamos colocar ele num avião e levar pra Itália, que lá juíz morre mas não abaixa as calças pra mafioso.

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Da editoria L'etat, c'est moi: por falar em sucessão monárquica, segundo a ABC News, Omar Bin Laden, um dos filhos de Osama Bin Laden, declarou que, se o seu pai for morto, os membros de alto escalão da rede terrorista al-Qaeda que o sucederão provavelmente serão muito piores: their mentality wants to make more violence, to create more problems. Caramba, já pensou?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Eliminações

E vai que resolvi pensar um pouco. Como diz o outro, pensar não custa, dói menos que injeção. Aí pensei: como assim, "como assim"? Resolvi que não mais como assim. Doravante como assado, melhor ainda se grelhado. Tipo eliminar gordura, faz bem para o colesterol, sabe? Ele tá na dele, controlado, o bom HDL tá nas nuvens, quase recorde registrado. É que não quero surpresa, vai que o diabo põe a mesa e cráu - fucks me, if you know what I mean. Saúde is in da house.

Bom carnaval pra todos, não precisa correr que tem pra todo mundo. Menos pros que estão no zoológico plim-plim, tipo assim: eu votei nela porque ela é legal, não quero comer não. Mas também sou tipo legal, sabe, não quero ser eliminado, tipo colesterol, tá ligado? Mas continuo achando que seria mais engraçado com cegos&tarados, em vez de belos&sarados.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Três homens foram enforcados

E vai que três homens foram enforcados em 1911, pelo suposto assassinato do juiz inglês Edmund Berry Godfrey. A execução se deu numa colina, que passou a ser chamada de Greenberry Hill. Os sobrenomes dos condenados eram Green, Berry e Hill.

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... Brasília: bras... ilha... plana... altiplano, planalto, altos planos... ajuda... arruda... círio pará... para, ciro!... chuva, temporal, nevasca, neves... cachorros, cães, sarna, sarney, dálmatas, dilmatas... muitas delas, uma pá de putas, prostiputas lolitas dos deputados no carlton heartbreak hotel, tolas lolas, lulices... céu negro, temerário, temer... Não - nada dá liga com nada no Brasil, volto para Greenberry Hill.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

E os dois estavam lá, abraçados, agarradinhos...

Aí eu estava zapeando antes de dormir. Vai que passo por um canal... hmmmm... parece coisa pornô. Um homem deitado de costas no chão, usando um shortinho, com as pernas abertas, jogadas para cima. Por cima dele, encaixado, um outro abraçando ele, tipo agarradinho. Estão lá, paradinhos, um deitado em cima do outro, só curtindo. De repente, sem mais aquela, o de cima se ergue e começa a esmurrar o de baixo. Caramba, um, dois, quatro, nove socos na cara! O que ele ouviu que fez ele ficar emputecido desse jeito? Não ouvi nada, nem o gongo tinha soado, salvando o de baixo.


E era um festival de socos tão ferozes que eles às vêzes erravam o alvo e acertavam o chão. Mas quando acertavam, sai de baixo (com trocadilho e duas pedras de gelo, por favor). Lá pelas tantas começa a sair sangue do saco de pancadas. Em instantes, da cabeça, da testa e da boca escorre o sangue arrancado. A multidão delira, o narrador parece alucinado. Aliás, só pode ser um alucinado, pois diz que o de cima é um rapaz que tem um coração grande. Nessa hora eu pensei tipo assim  putaquepariu, catzo, devo estar ouvindo errado!, não pode ser, ele deve ter dito outra coisa.

E a pancadaria continua tipo cada vez mais selvagem e o de baixo não reage e a multidão urra e exibe faixas e cartazes de torcida e o sangue continua a escorrer e o gongo não toca. Quando acaba o assalto (tipo a  mão armada, mesmo), cada um vai para o seu canto. O vitorioso espécime da raça olha ao redor e saboreia os aplausos, com um leve e desafiador sorriso no rosto. O outro vai acanhado, tipo cabeça baixa, vendo o mundo todo vermelho. Aí começa a avaliação do narrador, que continua empolgado mesmo no intervalo da porradaria, tipo está muito boa a apresentação do fulano, ele é um cara que tem um coração grande! Êpa, eu tinha escutado certo antes, além de ele ser o cara, ainda tem um coração grande...

É isso, o Ministério da Saúde Mental adverte: zapear pode fazer mal. Ainda mais quando se cai num canal como a ESPN, onde dois homens se abraçam e trocam porrada no intervalo entre duas esfregações suadas. Eu estava tipo certo logo de cara, era mesmo um canal pornô. No final das contas, o apanhador no ringue sem centeio terminou fodido, fodido e meio. Perdeu sangue, perdeu por nocaute técnico.

E vai que nos intervalos ainda aparece uma gostosa de biquini anunciando o número do próximo round. Deve ser para atrair público masculino hetero. Duvido que adiante alguma coisa.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

No fim das contas, Chávez pode estar certo

Mas tem uma coisa não vou conseguir entender nunca. Os caras da televisão sabem faz tempo que fazem cabeças, tadinhas delas, das cabeças. Sabe aquele povo que inventou de falar "catástrofe humanitária" na telinha de LCD? Que parece que adoça o café com LSD? Pois é, aquele povo. Aí tem lá uns personagens de novela que ficam uns quatro ou nove capítulos imaginando uma revanche ou uma simples sacanagem com algum coitado (coitado vem de coito, é o mesmo que fodido, viu?). Às vêzes tem aquelas personalidades deformadas de sempre. A arte imita a vida é o cacete!, muitas vêzes aquela "arte" ensina os vivos, e mal. Tipo quando uma adolescente (aquela gente que hoje em dia parece que tem entre 6 e 11 anos, sabe?) está vendo a personagem megera planejar uma sacanagem contra alguém, aí vai e pensa hmmm... é isso mesmo que vou fazer com aquela menina que roubou meu namorado!, sabe? Pois é, então dá merda, na televisão e na vida real.

Mas o que me faz achar que o futuro da televisão brasileira é o twitter, é a qualidade dos apresentadores de telejornal. Caramba, que porcaria de textos! Vai que o presidente passa mal. Aí o apresentador olha para a câmera e dispara: O presidente, ele passou mal. Como assim, "o presidente, ele"? Teve uma hora dessas que o pronome entrou onde não devia (êpa!) exatas três vêzes em menos de um minuto, juro!, tipo assim sem um creminho nem nada.

E o "exatamente"? O doutor fulano, ele que é exatamente o presidente do tribunal etcetera e tal... Ah, o "exatamente"... dá tempo para o cara pensar no que vai dizer depois. Tem gente que não consegue pensar e mascar chiclete falar ao mesmo tempo, fica usando assim uns artifícios para ganhar tempo.

Quer saber? O Chávez, sabe aquele coronel meio louco da Venezuela, que gosta tanto de ditadura militar de direita que criou uma só para ele e pintou de vermelho? Pois é, ele mesmo. Acho que o Chávez está certo, tem mais é que controlar as estações de TV que não falam bem dele, ai, ai, ai... onde já se viu, vem já pro meu canto, estação feia! E com a televisão que agente nós temos, penso que o atual presidente do Brasil - não digo o nome porque dá azar - devia continuar copiando Chávez, ir pelo mesmo caminho. Os canais iam ficar só mostrando aquela discurseira feita na hora, costurada sem nexo nem plexo, falando eu sou legal, minha mãe nasceu analfabeta mas nunca teve alguém tão legal como eu na História deste país. Aí dava um sono danado em todo mundo, e a insônia ficava eliminada, por decreto. Mas acho mesmo é que estamos tipo fodidos, sabia? Não? Pois devia saber.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Que $#*&$* de censura nova é essa, Google?

Aí o Google, sabe aquela empresa que ficou gigante pesquisando gigabytes em gigasites no mundo inteiro, você tecla uma palavrinha e ele sabe de tudinho onde ela aparece, tudinho mesmo? Pois é, o Google, aquela empresa, lançou um celular, o Google Nexus One. Bonitinho, cheio de promessas, deixou até os fãs e acionistas da Apple - acertou, aquela empresa do iPhone - em polvorosa. Não, nada a ver com pólvora ou explosão; polvorosa é tipo um estado de ansiedade, meio que como uma ameaça pairando no ar, que a gente não sabe de onde vem, o que será que vai acontecer, essa polvorosa.

Vai que uma das coisas bonitinhas do Nexus One faz bastante nexo. Com aqueles teclados tipo pequenininhos, é uma droga digitar mensagens de texto, né? Mas aí a equipe de projetistas pegou e colocou nele uma função de reconhecimento de voz! Ôba, não vamos mais digitar mensagens, a gente vai meio que falando e o telefone (?) vai escrevendo o ditado, que nem que quando a gente estava lá no primário e a professora ia falando e a gente ia escrevendo. Só que agora a professora somos agente a gente nós e o aluno é o telefone!

Só tem um problema, é que o pessoal do Google aprendeu a censurar. Isso mesmo, o governo chinês gastou um tempão ensinando o Google a esconder alguns resultados quando a pesquisa fosse feita na China. E o Google aprendeu direitinho, que coisa feia, Google. Agora que você diz que pode até sair da China mas não vai mais censurar nada, a gente até quase acreditamos acredita em você. Mas o que foi que o pessoal do Google resolveu fazer? O telefone novo deles censura quando você fala um palavrão, tipo "não escrevo isso não"! No lugar, põe um monte de "###" no texto, que é pra você aprender a ser educado, vai lavar a boca com sabão, onde já se viu!

Aí eu fico pensando naquelas coisas de "o futuro vai ser bem legal, vai ter um monte de coisas bacanas, as máquinas vão ajudar a gente". Pura enganação, quem faz as máquinas faz todo o resto que quiser, faz até censura. E aí o futuro parece que ficou lá atrás, em 1984, quando ia ter essas coisas todas de Big Brother vigiando o povo e ensinando novilíngua e duplifalar. Ei, isso não tem nada a ver com aquele programa idiota de TV não, noutra hora eu explico.

O importante agora é censurar a censura do Google no nosso próximo telefoninho (existe isso, de censurar a censura?). Ô do Google, quer saber? Vai se *@&#%#@!!!

Não acredita nessa história de um telefone censurar o usuário? Sabe ler inglês? Então vai ler a matéria da Reuters. Senão, já sabe, né?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Como assim, "quitando o circo"?

Vai que estou trabalhando e tipo ouvindo televisão ao mesmo tempo, tudo junto. Aí o notíciário acaba, entra um comercial. Quitando o Cirque du Soleil... oba, deve ter algum desconto para quitação antecipada. Ouço com mais atenção, nada de contrapartida. Aguço mais o ouvido, na próxima eu não perco. A próxima chega, tipo Quitando o Cirque du Soleil até o dia 7 de fevereiro. Ponto. Assim mesmo, "quitando até o dia 7 de fevereiro", a frase acaba sem mais aquela.

Aí eu pergunto: que vantagem Maria leva se quitar até o dia 7? Podia ser tipo quitando o Cirque du Soleil até o dia 7, você ainda leva grátis este multi-espremedor-vaporizador-higienizador-aspirador! Nada disso. Eles esperam que eu quite algo, mas não dão o menor troco de volta. Quer saber, Cirque? Feche a quitanda, vá se foder, e estamos quites e quitados.